quinta-feira, 21 de maio de 2009

A apatia política

 

Em nossa entrevista à Rádio Cidade de Jundiaí apresentamos os resultados obtidos na pesquisa “Jundiaí – Cenário político após as eleições municipais de 2008” (os dados podem ser encontrados na página da Hegemon na Internet - http://www.hegemon.com.br). Sem dúvida, um dos dados que mais geraram debate foi o referente ao grau de conhecimento da população jundiaiense em relação ao seu prefeito: quando perguntamos se o entrevistado sabia quem era o prefeito da cidade, 11,8% respondeu quem não sabia.

Podemos interpretar este número como sendo fruto da apatia política que vem atingindo os regimes políticos do mundo inteiro. Em países onde o voto é facultativo, tem havido uma queda no índice de comparecimento do eleitorado à eleição (existindo, porém, exceções como a eleição de Barack Obama em 2008, que mobilizou 64,1% dos leitores, um recorde apenas comparado ao observado na eleição presidencial de 1960, quando 63,1% do eleitorado foi às urnas e elegeu John Keneddy o líder máximo da nação norte americana). No caso do Brasil, em que o voto é obrigatório, o que observamos é um número cada vez maior de pessoas que votam e, no ano seguinte, sequer se lembram em quem votaram.

A apatia política pode estar relacionada aos altos níveis de corrupção de um país ou unidade nacional, que tende a fazer com que o eleitorado sinta-se incapaz de interferir, de fato, nas questões políticas, o que faz com que o custo de se votar conscientemente (lembrando que o custo da busca de informação para que se proceda um voto, de fato, informado, é bastante alto); ao distanciamento dos partidos políticos de suas bases, ou seja, dos cidadãos, fazendo com que os partidos pareçam apenas siglas sem qualquer identificação mais consistente; à escolha por não participar da vida política, escolha esta baseada no direito liberal de se escolher qual a melhor maneira de se levar a vida, enfim, a apatia política pode ter várias causas, muitas vezes, associadas.

Como combatê-la de maneira eficaz tem sido um dos objetos de estudo de cientistas políticos do mundo inteiro.

Cristiane Pironi

Cientista Política

Consultora da Hegemon Estratégia – Consultoria e Pesquisa

2 comentários:

Anônimo disse...

Ok, gostei da matéria. Seu blog tem média de atualização mensal? Fala da terrinha a querida Jundiaí um pouco, só pra ver o que você pensa! Escreve vá!

Cris Pironi disse...

Oi, Anônimo!

A bem da verdade minha idéia era não tratar de assuntos demasiado pontuais no blog, mas com o tempo isso vai mudando. O q eu penso de Jundiaí? Bem... hehehe.

Bjs e obrigada por comentar!