domingo, 12 de abril de 2009

Nossos deputados e seu conhecimento sobre nossa política

O programa CQC da Bandeirantes foi até o Congresso nacional fazer perguntas aos nossos deputados sobre temas de nossa política.

Muitos não sabem quantos Ministros temos, nem que são os ministros, um achava que existia um Ministro da Apicultura, outros não sabem o que quer dizer a sigla ENEM, enfim, deixarei o vídeo falar por mim:

Ok, educação formal não é sinônimo de bom político, mas até onde podemos aceitar a ignorância de um político? Não se trata de temas da educação formal, mas sim temas ligados à política e, essas pessoas quem têm a “política como profissão” têm, a meu ver, a OBRIGAÇÃO de saber as respostas para as perguntas feitas de trás para frente.

Uma vergonha.

O que vocês acham? Como pode haver um filtro em relação a este tipo de político? O quanto é aceitável que eles NÃO saibam sobre a política do próprio país sobre o qual legislam e/ou governam?

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O que diferencia a democracia direta da democracia representativa?

Volto ao tema que coincide com a idéia de democracia dos antigos versus democracia dos modernos, agora, neste período pós-mestrado.

Em meu trabalho tive contato com a interessante corrente de pensamento que defende a representação, não como substituto defeituoso da democracia, mas sim como uma forma superior de governo. Se pensarmos no início de tudo, pensaremos em Madison e Siéyès. Se pensarmos no que há de mais recente, pensaremos em Manin e Urbinati.

Afinal, o que diferencia a democracia direta da representativa? Não, não é a quantidade de pessoas que tomam a decisão. Não, não é o local onde essa tomada de decisão, ou debate, ocorre. O que diferencia essas duas formas de governo é a forma através da qual se dá a seleção dos representantes, é aquilo em relação a que há consentimento.

Na democracia direta o método de seleção era o sorteio, apesar, claro, de já naquele tempo existirem as eleições para o preenchimento de determinados cargos estratégicos. Porém, a eleição não era vista com bons olhos, mas sim com desconfiança. A política como profissão era rechaçada.

Na representação o método de seleção é a eleição. É curioso verificar como os idealizadores desta forma de governo sequer cogitaram a adoção do sorteio como método de seleção, e não, isso não se deu devido ao tamanho do território ou da população, uma vez que as cidades e mesmo países dos séculos XVII e XVIII não se diferenciavam de maneira definitiva das antigas cidades onde havia o sorteio.

O que, na verdade, definiu esta ausência do sorteio e a vitória da eleição, foi a crença no que legitima um governo. Para os modernos, a fonte desta legitimidade reside no consentimento no que diz respeito a quem governa. Para os antigos, por sua vez, o que definia isso era o consentimento em relação ao método de seleção (a rotatividade era, sem dúvida alguma, uma das palavras chave). Não importava quem iria governar, desde que houvesse a mesma probabilidade para todos os candidatos; na representação, por outro lado, importa que haja consentimento em relação a quem governará.

Qual método de seleção mais favorece a democracia, no que se refere à todas as suas instituições?

sábado, 4 de abril de 2009

Filme recomendado: Leões e Cordeiros

 

1

Lions for Lambs (Leões e Cordeiros, em português) é um fime de Mattew Michael  Carnahan (The Kingdom), com direção de Robert Redford.

A trama se desenvolve a partir do desenrolar de três histórias que possuem pontos de intersecção e ocorrem durante uma hora, concomitantemente.

Redford, além de assinar a direção, também atua no filme, fazendo o papel de Malley, um professor de Ciência Política da Universidade da Califórnia que marca uma reunião com seu aluno, vivido por Andrew Garfield para falar sobre suas faltas na aula, afinal, havia começado com tanto entusiasmo e brilhantismo para, agora, desanimar de tal maneira. Corta. Meryl Streep vive uma jornalista experiente, Janine Roth, que consegue uma entrevista de uma hora com o senador republicano Jasper Irving, vivido por Tom Cruise, que defende com unhas e dentes a permanência das tropas americanas no Afeganistão. Corta. Ernest (Michael Peña) e Arian (Derek Luke) foram alunos do professor Malley e agora lutam no Afeganistão.

O filme não é uma super-produção com efeitos especiais de guerra, nada disso. Trata-se de um filme com vários diálogos ricos, um filme que faz pensar. São retratados alguns atores políticos e da sociedade civil, como o político, a mídia, a universidade, os estudantes de classe mais privilegiada e os de classe menos privilegiada. Trata-se de um filme que traz mais questões do que respostas, ou seja, efetivamente faz pensar. Criticar a política e alienar-se é fácil. Difícil é pensar de maneira crítica e cumprir seu papel na luta por uma sociedade melhor, em aspectos que vão além de seu próprio umbigo.

Se você não espera filmes mastigadinhos e comerciais demais, que fazem apenas aquele jogo mocinho-bandido, se você gosta de pensar um pouco, sobretudo no aspecto político da guerra e do efeito do 11 de setembro na sociedade americana e em como os diversos atores lidaram e têm lidado com a questão, você vai gostar do filme.

Realmente, mega recomendado.

 

 

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Ele é o cara!

 

Pois é.

Reunião do G20.

Vai dar em alguma coisa?

Bem, pelo menos tivemos algumas declarações interessantes:

 

Obama sabe o que diz e quando diz, muitos viram isso como um sinal da posição de destaque e importância que o Brasil pode ocupar a partir daqui.

Que o Brasil deveria ocupar este espaço, que há um espaço para ampliação de influência, sobretudo no cone Sul, é fato, mas… será que estamos preparados? Será que temos trilhado o caminho que leva a este fim?